Introdução à Psicanálise

A Psicanálise foi criada para acolher uma ausência de escuta aos sofrimentos de uma época. E de lá para cá a teoria foi desenvolvida e aplicada com base em seus preceitos de acordo com as angústias apresentadas por cada período.

Princípios da Psicanálise

Tendo como princípio oferecer a cada sujeito um atendimento voltado para a singularidade, isto é, por mais que os sofrimentos e sintomas apresentados sejam semelhantes com os da maioria da população sua abordagem será direcionada de forma personalizada. Visto que cada sujeito adoece sob os efeitos de suas experiências que são únicas. Oferecendo um tratamento individualizado e não de forma genérica possibilitando um resultado mais consistente.

O Atendimento Psicanalítico

Os atendimentos são encontros que consiste em um espaço seguro para compartilhar questões, queixas, dores, medos, sofrimentos e angústias por meio de uma escuta ativa e sem julgamentos. Esses encontros ocorrem entre o analista e o paciente, com tempo e local (online / presencial) delimitado.

O lugar do analista é de ressonância, ou seja, direcionar o tratamento com o objetivo do paciente se ouvir e com efeito provocar reflexões sobre si mesmo, sobre suas formas de atuar, agir e reagir. Sendo que tais formas de se posicionar pode estar relacionada com seus sofrimentos. Ao se ouvir como vem se posicionando o paciente tem a possibilidade de elaborar e buscar novos meios de solucionar seus conflitos e aceitar-se como é.

Psicanálise para Todos

O sofrimento não escolhe idade, ele acomete a todos, crianças, adolescentes e adultos. Presente em diversas fases do desenvolvimento humano. Cada fase sinaliza esse sofrimento de um jeito, com a bagagem que cada sujeito possui naquele instante.

A Criança e a Psicanálise

A criança tem toda uma forma de representar seu sofrimento, ela desenha, brinca, encena e muitas vezes também demonstra não demonstrando, pela ausência do que espera naquele momento do desenvolvimento. O analista tem a função de ler esse representar por outras vias, sem deixar de atentar-se pelo esperado.

A Adolescência e a Psicanálise

Já a adolescência é a fase de transição, passagem da infância para a vida adulta. Sendo uma fase de desenvolvimento humano de construção muito contemporânea, recente. E como o sofrimento se apresenta nesta fase? Período de grandes mudanças orgânicas e subjetiva, momento de separações do corpo infantil, da imagem que os pais tinham deste, imagem que este sujeito tem dos pais, entre outras. Fase não somente de separações, mas também de reconstruções para cada separação há uma elaboração e reconstrução, estabelecimento de novos laços sócias além da família. Em meio a tudo isso cada um apresenta modos de sofrer muito específicos. O analista acolhe e auxilia o sujeito nesta travessia, nesta passagem dentro do que é possível de se fazer.

O Adulto e a Psicanálise

O adulto já manifesta seus sofrimentos, angústias e dores de outras formas e também tem outros recursos para lidar com isso. O posicionamento do adulto muitas vezes é daquele que traz consigo a criança e o adolescente. A este sujeito o analista empresta sua escuta e acolhimento de forma a considerar sua singularidade. Aqui uso “empresta escuta e acolhimento” porque em algum momento deste percurso este sujeito terá sua própria forma de se escutar e acolher-se.